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Tipo do documento: Tese
Título: Estresse ocupacional e engajamento no trabalho em médicos da atenção primária à saúde
Autor: Castro, Paula Canova Sodré de 
Primeiro orientador: Maniglia, José Victor
Primeiro coorientador: Lourenção, Luciano Garcia
Primeiro membro da banca: Rossi, Lilian Cristina de Castro
Segundo membro da banca: Baitello, André Luciano
Terceiro membro da banca: Souza, Eliana Pereira Salles de
Quarto membro da banca: Zanon, Maria Amélia
Resumo: No Brasil, a Estrategia Saude da Familia constitui o modelo de Atencao Primaria a Saude, considerado de maior resolutividade e tendo o medico como importante membro da equipe. No entanto, as modificacoes incorporadas pela Politica Nacional de Atencao Basica de 2017 geram fragilidades para a gestao da Atencao Primaria no Brasil, especialmente, em relacao aos trabalhadores. Fatores associados ao trabalho, como sobrecarga, vinculos e condicoes de trabalho precarias, falta de autonomia e pressao para o cumprimento de meta podem desencadear estresse ocupacional e comprometer o engajamento no trabalho. Objetivo: Avaliar os niveis de estresse ocupacional e engajamento no trabalho em medicos da Atencao Primaria a Saude. Metodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional e transversal, realizado no municipio de Sao Jose do Rio Preto, Sao Paulo, no ano de 2017, com uma amostra nao probabilistica, de conveniencia, que incluiu 32 medicos das unidades de Atencao Primaria a Saude. Foram utilizados tres instrumentos autoaplicaveis: um elaborado pelos pesquisadores, contendo variaveis sociodemograficas e profissionais; a Escala de Estresse no Trabalho e a Utrecht Work Engagement Scale (Escala de Envolvimento no Trabalho de Utrecht). Para analise do estresse ocupacional foi calculado um escore medio geral e escore medio para cada item da escala, identificando os estressores mais presentes. Para o calculo do engajamento no trabalho utilizou-se modelo estatistico proposto no Manual Preliminar UWES. Valores medios foram comparados com teste t ou analise de variancia (ANOVA), com nivel de significancia de 95%. O teste de correlacao de Pearson foi utilizado para analise da correlacao entre estresse ocupacional e o engajamento no trabalho. Resultados: Prevalencia de profissionais do genero feminino (59,4%), casados (62,5%), concursados (56,3%), carga horaria de 40 horas semanais (59,4%) e atuacao na Atencao Primaria de tres a 10 anos (68,8%). Seis profissionais (19,4%) apresentaram estresse importante (escores .2,5). Foram considerados estressores: falta de perspectivas de crescimento na carreira (2,9;}1,3); forma de distribuicao das tarefas (2,7;}1,0); deficiencia nos treinamentos (2,7;}1,2); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,6;}1,2); tipo de controle (2,5;}1,0); e falta de autonomia na execucao do trabalho (2,5;}1,2). Os niveis de engajamento variaram de 4,3 a 4,6 e foram classificados como altos em todas dimensoes. Os medicos que apresentaram estresse ocupacional obtiveram niveis medios de engajamento em todas as dimensoes da UWES, enquanto aqueles que nao apresentam estresse ocupacional, obtiveram niveis altos de engajamento no trabalho. Conclusoes: Ha um percentual relevante de medicos com estresse ocupacional. Os medicos apresentam niveis elevados de engajamento no trabalho. O estresse ocupacional e engajamento no trabalho correlacionam-se negativamente, e o estresse ocupacional compromete significativamente os niveis de engajamento no trabalho dos medicos, interferindo na relacao positiva destes profissionais com o ambiente de trabalho.
Abstract: In Brazil, Family Health Strategy represents the model of Primary Health Care, considered as a higher resolution and the physician as an important member of the team. However, the changes incorporated by the National Basic Care Policy of 2017 have produced fragilities for the management of Primary Care in Brazil, especially, in relation to workers. Factors associated with work, such as overload, precarious bonds and work conditions, lack of autonomy and pressure to achieve proper goal can trigger occupational stress and compromise work engagement. Objective: To assess levels of occupational stress and work engagement in Primary Health Care physicians. Methods: Quantitative, descriptive, correlational and cross-sectional study, carried out in São José do Rio Preto, São Paulo, in 2017, with a non-probabilistic, convenience sample with 32 physicians from Primary Health Care units. Three self-applicable instruments were used: one developed by the researchers, including sociodemographic and professional variables; Work Stress Scale and Utrecht Workplace Engagement Scale. For occupational stress analysis, a general mean score and mean score were calculated for each item on the scale, identifying the most frequent stressors. To calculate the work engagement, a statistical model proposed in the Preliminary Manual UWES was used. Mean values were compared with T test or analysis of variance (ANOVA), with a significance level of 95%. Pearson's correlation test was used to analyze the correlation between occupational stress and work engagement. Results: Prevalence of female professionals (59.4%), married (62.5%), public servant (56.3%), 40 hours a week (59.4%) and working in Primary Care for three to 10 years (68.8%). Six professionals (19.4%) had significant stress (scores ≥2.5). Stressors were considered: lack of prospects for career growth (2.9; ± 1.3); distribution of tasks (2.7; ± 1.0); training deficiency (2.7; ± 1.2); insufficient time to carry out work (2.6; ± 1.2); control type (2.5; ± 1.0); and lack of autonomy in carrying out work (2.5; ± 1.2). Work engagement levels ranged from 4.3 to 4.6 and were classified as high in all dimensions. Physicians who experienced occupational stress have achieved average levels of engagement across all dimensions of UWES, while those who did not experience occupational stress have achieved high levels on work engagement. Conclusions: There is a high rate of doctors with occupational stress. Doctors have high levels of work engagement. Occupational stress and work engagement are negatively correlated and occupational stress significantly impairs physicians' levels of work engagement, interfering in their positive relationship with the work environment.
Palavras-chave: Estresse Ocupacional
Occupational Stress
Engajamento no Trabalho
Work Engagement
Atenção Primária à Saúde
Primary Health Care
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Sigla da instituição: FAMERP
Departamento: Faculdade 1::Departamento 1
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Citação: Castro, Paula Canova Sodré de. Estresse ocupacional e engajamento no trabalho em médicos da atenção primária à saúde. 2020. 81 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Identificador do documento: 1542
URI: http://bdtd.famerp.br/handle/tede/682
Data de defesa: 15-Set-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

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